terça-feira, 25 de novembro de 2008

O Fim dos Tempos (2008)

O título diz tudo e não diz nada: totalmente neutro. Me fez alugar o filme, pelo menos (The Happening é o título original). Dirigido por M. Night Shyamalan, de A Vila e Sexto Sentido, para quem gosta do gênero, é genial.

A história é boa, com a maioria dos conflitos deste tipo de filme: "O que fazer com sua esposa que está do outro lado da cidade?" "Como cuidar de seu filho que está cançado e o grupo precisa andar mais depressa?" "Confiar ou não em um desconhecido que está passando pelo mesmo que você?" A causa de todo problema é muito plausível e original. Não posso falar mais nada sobre o assunto, senão já é spoiler. ;)

Mark Wahlberg, de Os Infiltrados, está ótimo no papel principal, contracenando com Zooey Claire Deschanel, que está bem fraca. Sua atuação não convence, só no final que melhora um pouquinho. Na verdade, achei que, fora Elliot Moore, personagem de Wahlberg, os outros personagens tiveram pouca profundidade. Acho que foi de propósito, numa espécie de tipificação social.

Mas o filme é mais que isso: Ele não fala apenas de estatísticas e ficção. Ao meu ver, O Fim dos Tempos fala sobre a natureza humana.Que o ser humano a princípio parece um parasita neste planeta, toma decisões egoístas e ignorantes, mas que no fundo é um animal que pensa e que ama, a ponto de arriscar a própria vida a quem ama. O filme é profundo, se ollharmos desse jeito.

NOTA:
"Plausível e instigante, O Fim dos Tempos merece ser visto."

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Orgulho e Preconceito (2005)

Optou-se por traduzir literalmente o título original "Pride & Prejudice". O filme é baseado num romance de Jane Austen (com o mesmo nome), que foi publicado em 1797, e propõe 2 adoráveis horas no sofá.

O tema principal do filme é a política casamenteira do século XVIII na Inglaterra. Com uma naturalidade de dar inveja e personagens bem desenvolvidos, o filme se passa em imensas mansões inglesas. Algumas delas funcionam hoje como moradia e como local turístico, o que foi um sério problema na filmagem do filme. Houve também alguns locais em que tiveram que construir paredes falsas para alguns cômodos, pois as originais eram de madeira e eram esculpidas em um estilo que só foi criado 100 anos depois de quando o filme se passa. Locações nota 10.


Não costumo ver romances, portanto só posso analisar o filme separadamente, sem muitas comparações. Porém, uma das que posso fazer é com Desejo e Reparação, que apresenta algumas características notáveis do diretor Joe Wright, como a fotografia espetacular, além da mesma atriz principal, Keira Knightley. As atuações e os ângulos são perfeitos. A trilha sonora original é belíssima.

Seu único defeito é que dá a sensação de ser um filme muito longo. Os fatos acontecem e o enredo se desenrola e parece que nunca vai acabar, tornando o filme um pouco chato em algumas partes. O roteiro poderia, mesmo sendo uma adaptação, tornar o ritmo do filme diferente.

"É um filme bonito e real, porém um pouco cansativo."
NOTA:

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Desejo e Reparação (2007)

A definição do Daily Mirror é a melhor: "O mais perto da perfeição possível". Não existe filme melhor que Desejo e Reparação(Atonement), apenas do mesmo nível. O filme é completo, não achei nenhum erro e se eu fosse regravá-lo, faria tudo igual.

Atonement ganhou o Oscar de Melhor Trilha Sonora, o que foi mais que merecido. Ao mesmo tempo que o filme é agradável e lindo, ele é denso e lhe propõe diversas reflexões, especialmente sobre o sentimento de arrependimento. Aborda também a 2ª Guerra Mundial de um jeito que eu nunca vi antes: Não há cenas de combate propriamente dito.


Tomadas de 5 minutos, zooms extremos e ângulos bem posicionados, aliado a uma seleção propícia de cores e cenário extremamente rico dá a ele uma fotografia de tirar o chapéu. O roteiro é baseado em um livro de Ian McEwan, que não li. Deixo a trilha sonora como surpresa pra quem não viu, e pra quem já o assistiu, nem preciso comentar.



"Obra-Prima do cinema contemporâneo, Desejo e Reparação é inspirador, poético e subjetivo."

NOTA:

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Oscar 2007

Antes que começe a temporada de verão e os fortes candidatos para o próximo Oscar, gostaríamos de fazer uma retrospectiva do Oscar 2008. Os candidatos ao melhor filme foram:

Juno
Sangue Negro (There Will be Blood)
Onde os Fracos Não Têm Vez (No Country for Old Men)
Desejo e Reparação (Atonement)
Conduta de Risco (Michael Clayton)

Cinco candidatos fortíssimos, sendo Conduta de Risco um pouco abaixo dos outros. Juno é o 'azarão' da vez, sem atores conhecidos e produção independente, sem o calibre do Oscar. O ponto mais comentado foi a roteirista Diablo Cody, uma ex-prostituta com seu filme de estréia. Sangue Negro é denso, Onde os Fracos Não Tem Vez é arriscado e Atonement é poético. Na minha opinião, esses três eram os que tinham chance de verdade e qualquer que ganhasse eu concordaria.

Os indicados são de estilos diferentes, embora todos permeiem o drama, Juno puxando para a comédia e Conduta de Risco para o suspense. Nos próximos dias, postaremos críticas sobre os 5 filmes.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (2008)

Devo admitir que, de um filme escrito por Jeorge Lucas e dirigido por Steven Spielberg, Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal deixa um pouco a desejar. Eu não vi os outros filmes, então não posso fazer comparações.

As atuações são boas, com Harrison Ford (Han Solo de Star Wars) no papel principal e John Hurt (De V de Vingança), com destaque em Cate Blanchet, como uma oficial russa paranormal. O roteiro é médio: A história não inova nada, os personagens não tem muita profundidade e os diálogos não são nada de mais. Os enigmas que aparecem no meio do filme salvam o roteiro. Mas o filme diverte.

O grande defeito do filme é que ele se perde no meio, se tornando um Sessão da Tarde, chegando a lembrar Múmia (Esse subtítulo tem alguma semelhança com "A tumba do imperador dragão" ou é só impressão?).

O filme mereçe palmas pela direção e pelos efeitos especiais, que são impressionantes. Spielberg optou por fazer um filme tradicional pelos ângulos de filmagem e pela iluminação. Ao mesmo tempo, há inconsistências no filme, como filmagens nas Cataratas do Iguaçu, sendo que o filme se passa no meio da Amazônia e cenas surreais e imaginárias, algumas até deixando o espectador meio constrangido. E há muitas piadinhas que fazem dele um filme descontraído, o que eu, particularmente, não gosto muito.


"Um filme tradicional que surpreende pelos efeitos especiais e diverte bastnate, mas se perde na fantasia."
NOTA:

Passe Adiante