quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Milk - A Voz da Igualdade (2008)

Por onde começar?


Harvey Milk (1930 - 1978) foi o primeiro gay assumido a ocupar um cargo político nos EUA, na Califórnia. Aos 48 anos, foi assassinado. Por sinal, a cena do assassinato é uma das melhores do filme.

O roteirista Dustin Lance Black(E), o diretor Gus Van Sant(C), e o produtor Charles Rove(D)



Vencedor dos Oscars de melhor roteiro original para Dustin Lance Black e melhor ator para o insuperável Sean Penn, o filme concorreu também a melhor figurino, edição e trilha sonora original.

Josh Brolin (Onde os Fracos Não Têm Vez), interpretando Dan White implacavelmente, concorreu ao Oscar de Ator Coadjuvante (Que perdeu para Heath Ledger).

Gus Van Sant, que concorreu a melhor diretor no Oscar, conseguiu cumprir sua missão de "reviver este mártir do movimento gay, que parecia ter sido esquecido por esta geração". Não só difundiu seus ideais como o fez ídolo de muitos, a quem me incluo.

Mesmo estando com as expectativas lá em cima, o filme me surpreendeu e me emocionou. Chorei - não de tristeza, não de felicidade. Chorei de emoção, como em Benjamin Button, com a certeza de que a vida é linda, mas para aqueles que lutam por ela. Parecido, mas diferente.

Cenas reais dão uma noção de realidade ótima. Anita Bryant, uma conservadora anti-gays não é interpretada por ator algum: Suas aparições no filme são todas de cenas reais, como as entrevistas pra TV. A narração em primeira pessoa de Milk dá um toque de intimidade à historia, um toque de humanidade. O filme narra a vida de Harvey Milk, mas não conta como foi sua infância, sua adolescência: fala, sim, sobre o que o fez imortal, sobre aquilo que ele fez de importante.

O Milk de verdade


Emile Hirsch, que fez Na Natureza Selvagem, dirigido por Sean Penn, está brilhante. E o elenco não para por ai: Lucas Grabeel, de High School Musical, Diego Luna, de Y tu mamá también, e James Franco, o Duende Macabro de Spider-Man.

Um filme que muda vidas, que dá esperança, que muda o teu jeito de pensar sobre a sociedade, sobre as minorias, sobre a humanidade, sobre a luta por um ideal. Imperdível. Mudou a vida de Gus Van Sant, que "saiu do armário" quando soube da história de Harvey. E mudou a minha. Posso dizer que é o filme que mais mexe comigo.

NOTA:

Sim Senhor (2008)

Assisti esse filme agradável outro dia meio que por acaso, porque fiz uma confusão nos horários e acabei perdendo de ver O Leitor. Fui parar no Sim Senhor.

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Eu não estava lá com altas expectativas, até porque eu e o meu irmão tínhamos lido uma crítica que dizia que o filme tinha o estilo sessão da tarde e não valia o preço do ingresso. Algo assim.

Logo no início do filme já discordei do tal crítico. O início é bem interessante, até. O filme diverte na medida certa, mas tem seu grau de besteirol elevado, até por se tratar de uma comédia hollywoodiana.

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O que chama a atenção no filme é a trilha sonora que combina bem certinho. Tem até uma banda no filme que é bem engraçada. Toca um eletrorock loucão. Outro ponto forte são as atuações do filme, típico de comédias. Jim Carrey destroi, como sempre. Ele carrega todo, ou quase todo o filme nas costas. As atuações de Zooey Deschanel, o par de Carrey no filme está bastante natural e espontânea, e Terence Stamp, quem inspirou a ideia do SIM, também são legais e geram algumas risadas e “oh’s” espontâneos. Algumas frases inteligentes e que fazem pensar volta e meia também aparecem de surpresa.

O roteiro obviamente não tem nada muito novo, a não ser a interessante promessa principal do filme, em que o personagem tem que dizer sim a todas as propostas feitas a ele. Um dos problemas é exatamente esse: a ingenuidade do personagem de Carrey, Carl, que segue de uma maneira cega as propostas “sugeridas” pelo Guru do Sim Terence Bundley. Outra cena bizarra que parece meio que uma desculpa para uma briga entre o casal do filme é a apararição muito aleatória de uns agentes do FBI, que fazem uma cena bem engraçada ao estilo Queime depois de Ler. Mas todo o rolo termina meio que rápido demais e sem profundidade. Só vendo.

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Enfim, eu achei legal. Vale o ingresso pelas risadas e pelo Jim Carrey. Um filme para uma tarde de férias.

NOTA: pipoca1pipoca1pipoca1

domingo, 22 de fevereiro de 2009

VENCEDORES Oscar 2009

A cerimônia mais aguardada do mundo do cinema acaba de terminar. Vimos o Oscar na TNT, que começou às 10h e 30min e terminou às 2h. Houve um pré-show de uma hora, em que mostraram os vestidos das mulheres e conversaram com os astros. Um mais lindo que o outro, uma mais linda que a outra.

Abaixo, a lista dos vencedores:


Filme: Slumdog Millionaire
Diretor: Danny Boyle - Slumdog Millionaire
Ator: Sean Penn - Milk
Ator coadjuvante: Heath Ledger - Batman - O Cavaleiro das Trevas
Atriz: Kate Winslet - O Leitor
Atriz coadjuvante: Penelope Cruz - Vicky Cristina Barcelona
Roteiro original: Milk
Roteiro adaptado: Slumdog Millionaire
Maquiagem: Benjamin Button
Figurino: A Duquesa
Direção de arte: Benjamin Button
Fotografia: Slumdog Millionaire
Trilha sonora: Slumdog Millionaire
Melhor filme estrangeiro: Departures - Japão
Curta-metragem: Spielzeugland
Animação: Wall-e
Curta de animação: La Maison en Petits Cubes
Documentário: Man on Wire
Curta-documentario: Smile Pinki
Efeitos especiais: Benjamin Button
Efeitos sonoros: Batman - O Cavaleiro das Trevas
Mixagem de som: Slumdog Millonaire
Edição: Slumdog Millionaire
Música: "Sai Ho" - Slumdog Millionaire

Slumdog acabou levando 8 oscars, incluindo melhor filme, o que achei um tanto previsível. Acho que mereceu, embora não tenha visto o filme, pois toda a equipe subiu ao palco quando ganharam (O normal seria só os produtores receberem o Oscar lá no palco). Benjamin Button levou só 3, enquanto O Lutador e Frost/Nixon não levaram nenhum.

Achei que O Leitor fosse ganhar roteiro adaptado. Os outros prêmios foram esperados, menos ator, que Mickey Rourke ou Brad Pitt poderiam ter levado, Josh Brolin e Michael Shannon poderiam ter levado ator coadjuvante. O de diretor poderia ter ganho qualquer um.


Queen Latifa cantou uma música, Zach Efron entregou os prêmios relacionados à música.
Natalie Portman e Ben Stiller entregaram o de fotografia e Eddie Murphy entregou a homenagem a Jerry Lewis, que fez muita comédia durante a vida, mas foi homenageado pelos seus atos de caridade com as crianças. Will Smith entregou vários premios técnicos ligados a som e efeitos visuais, enquanto que nos oscars de atriz e ator, coadjuvantes ou não, cinco ex-vencedores falavam sobre os indicados e um deles dava o prêmio. Steven Spielberg entregou o de melhor filme.

Os discursos foram quase todos a mesma coisa: "Good evening. I wish to thank the academy award, my mom and my dad. Well, I have a list of names here. Let me see: (..........) Thank you very much." Os únicos que foram diferentes foram os de Sean Penn e Dustin Black, roteirista de Milk, que falaram apaixonadamente sobre os direitos dos homossexuais, inclusive de casamento, e Kate Winslet, que estava nervosíssima e ainda melhor do que no Globo de Ouro. Um ou outro discursos também foram bons, claro.

O apresentador Hugh Jackman começou a noite fazendo graça: Um apresentação que lembrava os musicais de antigamente, falando sobre os filmes da noite, como Slumdog, Benjamin, Milk, Frost/Nixon. Anne Heathaway participou, tirada da platéia por Jackman.
O único erro da noite foi quando, logo no começo, as cortinas demoraram demais para abrir, logo antes de uma montagem que falava das atrizes coadjuvantes que já venceram o Oscar.

Não tão grandioso quanto o último, este Oscar foi um sucesso pela criatividade e pelos talentos que continha. Estou louco para ver Milk e Slumdog, e quando o fizer, digo o que achei aqui. ;D

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Enquetes e novidades

Penúltimo post antes do Oscar. Apreensão total. Contagem regressiva e tudo mais. Na sexta-feira faremos um post sobre nossas expectativas sobre o Oscar, apostas e anseios. A noite de domingo promete.


Coloquei uma nova enquete há pouco, meio em cima da hora, indagando nossos leitores sobre qual filme irá sair consagrado no domingo. Agora que quase todos estrearam no Brasil vocês, leitores do Pipocas em Ação, podem emitir uma opinião confiável.


Mas falando da última enquete que apresentei gostaria de destacar que a estreia mais votada foi Watchmen tecnicamente empatada com Harry Potter e o Enigma do Príncipe. Acho que realmente as duas prometem bilheterias estrondosas, fãs desesperados no dia da estreia e outras coisas mais que vem de presente por se consagrar como o blockbuster do ano.


Sinceramente, eu espero muito mais de Watchmen. Até porque não li os livros do Harry Potter e por isso não nutro essa paixão incondicional que várias pessoas têm pelo, como se lê por aí nos jornais, bruxinho.


Watchmen tem a direção de Zack Snyder, o jovem diretor de 300, que eu particularmente adoro. Inclusive tenho o DVD. Como meu argumento final, como um bom amante de trailers, será deixá-los com o último trailer lançado para o filme.


Aproveitem!


terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Foi Apenas Um Sonho (2008)


Kate Winslet parece Julianne Moore neste pôster, não?


O casal Leonardo Di Caprio e Kate Winslet está de volta com um filme nada romântico. O filme fala sobre como uma mulher (April Wheeler) que tinha sonhos de viver a vida ao máximo acaba numa vida medíocre que ela detesta ao lado de seu marido (Frank Wheeler), que tem um emprego que detesta.

O nome do filme é outra sacada: Revolutionary Road, que mostra que a ruína de suas vidas é ter um endereço fixo, a imobilidade. A casa é o vilão da história.

Michael Shannon, descrito somente como 'um louco', é o melhor ator coadjuvante no filme, tanto que concorre ao Oscar. No que eu acho a melhor cena, aquela em que todos esperam pelo jantar e April nao diz nada, sua atuaçao é sobre-humana, assim como a de Heath Ledger como o Coringa.
Este é um filme de diálogos. Grandes performances e ótima reconstrução de época: é dificil ver os atores fumando com tanta naturalidade, mas o que realmente chama atençao no filme é o modo que sao apresentados temas como adultério, que se faz compreensível, e o american way of life, que é mostrado como um jeito cego de viver a vida.



Se você procura um filme para relaxar, descontrair e se desligar do mundo, Foi Apenas Um sonho nao é a melhor opçao. Por outro lado, se quiser refletir e ver uma história instigante que pode acontecer com qualquer um, vá em frente.


NOTA:

O Curioso Caso de Benjamin Button (2008)


Um grande hello aos leitores dos pipocas!

Nessa semana vou comentar um dos filmes mais falados ultimamente, que está concorrendo a 11

Oscars, incluindo Melhor Fi

lme, que possui um elenco fantástico, com grandes atores - Cate Blan

chet, Brad Pitt, Tilda Swinton – e outras grandes revelações em atuação. Ufa! Eu poderia parar a crítica por aqui que vocês já teriam motivos suficientes para assistí-lo. Mas faço questão de demonstrar o que senti vendo O Curioso Caso de Benjamin Button.



Para começar, o filme inicia no hospital, com uma senhora idosa na cama conversando com sua filha sobre como ela está se sentindo. Ela então conta uma breve história sobre um relojoeiro na época da guerra, antes de iniciar a história de Benjamin. Vendo somente essa pequena história já se vê uma amostra do que David Fincher, diretor, e Eric Roth, roteirista que adaptou o conto cujo o filme é baseado, nos prepararam. Prova disso: eu já tinha lágrimas nos olhos nos primeiros 5 minutos de filme.

O filme é uma obra de arte. Majestosamente construído e intensamente emocionante. Lembra os grandes clássicos filmes sobre contadores de história, como Big Fish ou Forrest Gump, este útimo também do roteirista Eric Roth. Até dá para notar algumas referências. Mas Benjamin Button é maior. É um conto sobre a vida e como o tempo passa para todos, mesmo que de maneiras distintas. Conforme Benjamin vai rejuvenescendo, ele vai descobrindo as nuanc

es da vida, e como ela pode nos dar e nos tirar pessoas queridas, sentimentos e emoções. O pano de fundo da história também se torna mais jovem conforme o passar do tempo, pois o filme começa em um asilo, onde Benjamin vive com sua mãe, até passar para uma casa sem mobília meio-punk ao som de Twist and Shout. Memorável!

O elenco, como eu já comentei acima, está excepcional. Até estranhei que eles não ganharam o Screen Actor’s Guild Award de Melhor Elenco, prêmio que os próprios atores dão para os melhores desempenhos do ano. Quem ganhou foi o tão comentado Slumdog Millionaire. Veremos. Brad Pitt se saiu muitíssimo bem como Button, em uma de suas melhores atuações. Cate Blanchett está bem, sólida, mas ela já brilhou mais. O casal Queenie e Tizzy, que cuida de Benjamin em sua infância, vivido por Taraji P. Henson e Mahershalalhashbaz Ali, foi a grande revelação. Ela inclusive está concorrendo o Oscar de Melhor Atriz Coadjudante. A única atuação que eu considero medíocre nesse filme é a de Julia Ormond, que interpreta a filha cuja mãe está adoecendo no hospital, cena que dá um contraponto ao fantástico mundo de Benjamin Button.

Tecnicamente, o filme é perfeito, mas como disse Isabela Boscov, crítica de cinema da Veja (eu nunca iria citar a Veja em notícias sobre cinema, mas dessa vez, se superaram) toda essa beleza e virtuosismo técnico é meio que escondido atrás da grande história que está sendo contada. Isso só torna o filme mais mágico, pois o que realmente importa, a verdadeira mensagem do filme, é a história que está sendo contada.

Enfim, acho que consegui passar meus sentimentos e opiniões quanto ao filme. Ele realmente me tocou com esse estilo reflexivo. Fiquei semanas pensando sobre a vida e a morte e como o tempo não nos perdoa. Enquanto eu não assistir Slumdog Millionaire, COM CERTEZA esse filme é o que eu estou torcendo na noite do dia 22 de fevereiro.

Assistam no cinema!

NOTA:

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Sete Vidas (2008)

O filme retrata a odisséia de um homem que, por razões explicadas apenas ao final do mesmo, quer salvar 7 vidas. No filme, Ben Thomas (Will Smith) conhece Emily Posa (Roasario Dawson), que sofre de um problema de coração e tem pouco tempo de vida.




Gabriele Muccino , o mesmo diretor de “A procura da Felicidade”, consegue captar muito bem as emoções, com closes nas feições dos atores.É estranho como alguém que recisa de um coração é tão bondoso como Dawson. e como Will Smith consegue dar o ar de que Thomas é um homem que já passou por muito na sua vida.




Não é um filme para qualquer hora, pois não há uma mensagem aparente, embora haja reflexões profundas sobre a vida – e sobre a morte. Se não for perspicaz, é provável que você não consiga descobrir o final do filme, que não é previsível. A música tema é muito bonita. É um filme que foi feito para se chorar.




NOTA:

Passe Adiante