sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Lua Nova (2009)

Resolvi assistir Lua Nova logo. Recém vi Crepúsculo com o meu irmão e a história ainda está fresca na cabeça. Fui ver na quinta-feira à noite.


Assim como em Crepúsculo, a parte emocional do filme é superior à parte "de ação", que em Lua Nova está mais presente. Mesmo tendo trocado de Diretor (agora é Chris Weitz), a continuação tem o ritmo muito semelhante. Primeiro, uma parte emocional, tratando do romance, amores e desamores de Bella e, depois, um conflito que surge rapidamente e é resolvido mais rápido ainda. O ritmo acaba sendo muito incoerente. Tudo bem que um filme deve seguir um crescendo, mas essa mudança de ritmo chega a perturbar.

A Kristen Stewart está muito bem no papel de Bella. Gosto muito dela. Alguns poder dizer que ela estava muito enjoativa, mas isso é da personagem, que se desgasta com o sofrimento. Pra mim, ela foi a escolha certa. Já Robert Pattinson faz o Edward bizarro. Acho a atuação dele meio fraca, pra ser sincero.

Escolheram o cara para atrair guriazinhas, na minha opinião. Jacob, o lobisomem está muito bem, muito convincente. Os coadjuvastes, de maneira geral, fazer um bom trabalho.

De modo geral, Lua Nova é muito melhor do que Crepúsculo, principalmente no quesito técnico. A montagem é excelente. Outro aspecto positivo é a trilha sonora que, apesar de super comercial, é boa e combina com estilo jovem da série. Parece também que Lua Nova tem um orçamento maior. Dá pra notar pela diferença em relação aos efeitos especiais.

Dois pontos bizarros que não posso deixar de comentar:
1. O Rio de Janeiro aparece no filme. As favelas são um ótimo refúgio para os vampiros. :P
2. Aqueles fantasmas do Edward que aparecem quando Bella está em perigo são ridículos, vai dizer?

Vou dar 3 pipocas, já que não temos decimais. Se tivéssemos, eu daria 2,5 pra Crepúsculo e 3,5 para Lua Nova. Mas não temos, porque cada pontuação sugere um nível de recomendação. 3 Pipocas é "veja esse filme que vale a pena, não está perdendo seu tempo, mas também não será fantástico". Já 4 Pipocas é "é um ótimo filme que é pra ser visto no cinema, de preferência."

Enfim, vem mais 2 filmes por aí. Espero que continuem saltando em qualidade.

Nota:

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Crepúsculo (2008)

Vi, sexta-feira retrasada, na sessão das 10 do Telecine Premium, o tão-comentado Crepúsculo. Mais por curiosidade, por inércia e pra ter uma opinião. E não é que acabei gostando mesmo??



Pra começar, atores bonitos: Kristen Stewart, linda como em Into The Wild, faz a personangem principal, Bella Swan. Robert Pattinson, o galã master das garotas é Edward, o vampiro brancão sinistrão.
E os dois se apaixonam. Ele nunca se sentiu tão atraído por alguém antes - logo ele, pertencente a uma família que só se alimenta de animais. Ela, nova na cidade, repara, é claro, no gostosão que não para de ficar olhando para ela.

E há toda a ideia da filha ajeitadinha que tem de viver com pai que leva uma vida de solteirão comendo bacon todo dia, do fantástico mundo da família Cullen e da difícil relação dos dois, visto a natureza de Edward.O filme é propositalmente cinza, e ouvi dizer que não é muito fiel ao livro, de Stephenie Meyer. A continuação, New Moon, com outro diretor, ouvi falar que é bem mais fiel.

O personagem de Taylor Lautner, o Jacob, ficou um tanto etéro, ou seja, do começo ao fim, quando ele aparecia (em 2 ou três cenas), tudo que eu pensava, já que tinha visto o poster do Lua Nova, era "Esse é o cara que aparece no segundo". Podia ser usado melhor, ainda que, eu sei, é no Lua Nova que ele aparece mesmo. O filme por si clama por uma continuação: As tramas não terminam como em Narnia ou Harry Potter, mal-comparando.

Senti, na verdade, algo parecido do que quando vi Harry Potter: É uma febre. É super-jovem. E, aprovietando, acho muito bom o papel destas adaptções de obras adolescentes e do grande incentivo à leitura que elas trazem: As histórias podem não ter uma proposição tão digna quanto a de Os Lusíadas, ou amores tão intensos como os de Lucíola, mas quem as lê, gosta.


O filme alterna cenas de primazia, tanto técnica quanto emocional, com cenas passáveis, ordinárias. Num instante, ângulos ousados e ótima música. N'outro, falas mal-formuladas e atuações não-convincentes. O movimento extraordinário dos vampiros deixa um rastro trash, mas tão trash que perde toda a legitimidade da história. Pena.

Tirando essas ressalvas de porcaria, a história de amor é bem bonita, o filme é bem agradável... e só. Não te acrescenta muito, não inova em quase nada, mas vale a pena assistir. Estou bem ansioso pelo 2° filme da série (Serão 4)

NOTA:

domingo, 22 de novembro de 2009

Bastardos Inglórios (2009)

Fui finalmente ver nesse sábado a nova façanha do Tarantino: Bastardos Inglórios é simplesmente espetacular! Eu estava esperando um filme com muita violência e menos conteúdo. Me enganei no segundo item. O filme é bastante consistente e conta uma história fantástica, paralelamente ao mostrar as proezas do Bastardos.

Numa França ocupada pelos nazistas (como diz no cartaz), uma equipe especial infiltrada, formada por soldados americanos judeus de elite, tem um objetivo único: matar nazistas. Brad Pitt aparece como o tenente Aldo Raine, que coordena a equipe dos Bastardos e começa a espalhar o medo no exército alemão, principalmente pelas suas "técnicas".


Com violência e sadismo desmedido, Tarantino traz um ótimo filme que mostra um pouco das insanidades de guerra e qual é a proporção da raiva que os judeus tem dos nazistas. E de novo aparece a temática da vingança. Só que dessa vez, aparece na 2ª Guerra, dando um novo fôlego pra filmes com esse tema. Mesmo o assunto holocausto/nazistas/2ª guerra estar saturadíssimo, Tarantino consegue uma proeza fenomenal.

Tem muito de Tarantino no filme. Apelidos engraçados, interrupções biográficas aleatórias, violência pura em forma de comédia, uma estética meio HQ, muitas referências, e aquele gosto da loucura, sempre presente nas obras dele. De novo, aparecem ainda mais referências e um humor peculiar com as culturas e línguas européias.


Gostei muito das atuações do elenco, nada intuitivo e sempre escolhido a dedo pelo próprio Quentin. Brad Pitt convence mesmo com Aldo, Mélanie Laurent está linda e ótima no papel de Shosanna e Diane Kruger está duslumbrante como a atriz Bridget von Hammersmark. O coronel Landa da SS, interpretado por Christoph Waltz também está insano. A trilha sonora é bem apropriada e o filme conta com longos e tensos diálogos dos filmes mais antigos do diretor.

Talvez o final não agrade a todos, mas não se pode agradar a todos. Eu gostei e gargalhei até os créditos com uma das cenas mais sádicas que lembro ter visto.


Bastardos Inglórios é obrigatório para quem é fã de Tarantino. E, mesmo para quem não o é, eu recomendo. Pra quem não gosta de violência, vai ver uma comédia romântica.

NOTA:

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Besouro (2009)

Por causa de um erro de programação, acabei vendo Besouro antes do que outros filmes hollywoodianos que estão em cartaz por aí e que ainda não estão no blog.

Para quem não sabe, Besouro é um filme nacional dirigido por João Daniel Tikhomiroff que trata de um herói capoeirista que surgiu no Recôncavo Baiano em 1924. Manoel Henrique Pereira, o Besouro, realmente existiu e é uma lenda entre os capoeiristas, que o citam em canções até hoje. Ele foi um símbolo da luta a favor da liberação da capoeira e ficou conhecido pelo misticismo envolvendo a sua vida e morte.

O filme realmente brilha quando trata da relação de Besouro com os Orixás. O diretor arrisca muito, pois o filme é cheio de misticismo, ângulos não-convencionais, experiências extra-corpóreas, etc. Para ser um filme mainstream brasileiro (isto quer dizer, grande divulgação e patrocínio) Besouro é muito pioneiro e arriscado.



Outro ponto de ouro do filme é a participação do coreógrafo de O Tigre e o Dragão e Kill Bill, Hiuen Chiu Ku, que mistura as técnicas e movimentos do kung fu com a capoeira. As cenas de luta são espetaculares. Provavelmente, são as melhores cenas de luta do cinema nacional.



O que deixa a desejar no filme é o roteiro. Tecnicamente, o filme é realmente satisfatório e tem muita coisa de revolucionário em Besouro. A trilha sonora é divertida, com participação de Nação Zumbi e Gilberto Gil. Mas o roteiro realmente não convence. Tem algumas inconsistências, é um pouco confuso e por isso reduz a qualidade do filme. Fiquei um pouco desapontado com isso.

A relação dos negros recém-libertados da escravidão com os coronéis aparece como pano de fundo, mas não é aprofundada. Com certeza foi uma escolha do roteirista, mas não sei se foi a mais acertada.

Irei dar 4 pipocas pela ousadia.



Vale visitar o site do filme: http://www.besouroofilme.com.br/

Nota:

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Tomates Verdes e Fritos (1991)

Que filme lindo. Escrevo isto logo depois de ver o filme e, caramba, que experiência. Pela capa ("Quatro mulheres sorrindo e escrito "UM DOS FILMES MAIS TOCANTES DE TODOS OS TEMPOS", indicado a dois Oscars (roteiro adaptado e atriz coadjuvante para a velinha)), achei ser só mais um daqueles filmes que minha avó gostaria. Pior que ela gosta, e o filme é beeeem mais do que eu esperava.


Ninny Threadgoode é uma velinha de 82 anos que, ao contar, no asilo, a história de Ruth e Idgie para Evelyn, acaba por mudar drasticamente a vida da última. Evelyn é uma gorda trash com um marido que só come frango assado e vê TV. Seu casamento está por um fio, ao que ela começa a frequentar um curso para 'reavivar' o matrimônio. Completa besteira, desiste e passa a visitar a velinha frequentemente para saber mais da linda história das duas. Em plena meno-pausa, sua vida, ou a crise desta, se mescla com a bucolia de tempos passados e ideais, em tomates fritos num restaurante de beira-de-estrada, intrigas e demonstrações de afeto.

A história contada é de como Idgie, valente e teimosa e Ruth, acanhada, fazem uma forte amizade inusitada, passando por troca de cultura, relações amorosas controversas e experiências inesquecíveis.

O filme todo decorre com um tom provinciano de médio orçamento, agradável e incitante, singular. A trilha e a fotografia são ótimos, dando ao filme uma ótima base técnica. Além disto, ele fala de muito mais do que a amizade: É sobre a família, a morte, o casamento, a justiça, o sentido das histórias. Há muito conhecimento. É daqueles filmes que, depois de assistir, dá vontade de aproveitar a vida, de sair de casa e interagir.

"Towanda!"
NOTA:

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A Árvore dos Sonhos (1994)

Ok. O nome de verdade é "The War", por incrível que pareça. ("Como assim NUNCA fizeram um filme chamado "A Guerra"?!?!?") Pois é. E até que combina com este - pelo menos mais do que a tradução. É do mesmo diretor de "Tomates Verdes Fritos", de Jon Avnet, que logo, logo comento aqui no Pipocas.

Elijah Wood, com 14 anos (O primeiro filme com ele foi Internal Affairs, com Richard Gere e
Andy García, quando ele tinha só 9 anos.) se apresenta muitíssimo bem. De uma jovialidade e com seus belos olhos azuis ressaltados ao máximo, dá O toque ao filme (Seu papel no filme fica +- como o de Jim Carrey em Sim, Senhor: Fundamental.)


A idéia principal é que Stu Simmons (Elijah) é filho de Stephen (Kevin Costner), um ex-combatente do Vietnã que prega a não-violência como meio de resolver os problemas. E que esta política não é lá muito aplicável a realidade das vizinhanças, onde há uma gangue, que comanda um depósito de lixo. Stu e sua irmã Lidia Joanne fazem uma árvore no forte, e é em volta de sua construção que o filme gira.


E aí começam os problemas, tanto no filme quanto do filme Desde o começo, embora haja uma introduçao clara, o filme não tem muito foco. Eventos inexpressivos ocorrem sem acrescentar nada à história, que é coberta de uma obviedade tamanha que dá a impressão de que, ao final, o filme não lhe acrescentou nada. Há uma cena que tirou toda a credibilidade pra mim. Depois dela, o filme se tornou só "um filme".

Se você quer ver um filme sobre guerra e violência, vá ver Gran Torino, convenhamos. Se quiser uma narração em primeira pessoa com emoção de verdade, veja Into The Wild ou Benjamin Button. Se quer ver um filme bonito, com uma história comovente, veja Sete Vidas. É no meio destes três pontos que o filme, ao meu ver, se perde. Parece que o roteirista não parou pra pensar no filme antes de fazê-lo, foi só escrevendo...

É claro que é um filme muito bem-feito, que se você acabar, por inércia, tendo que vê-lo, garanto que vá ter 2 horas não desperdiçadas, mas há uma centena de filmes para se ver primeiro. Poderia dar 4 pipocas, mas o filme não ME tocou. Então, aí vai:

NOTA:

Passe Adiante