segunda-feira, 19 de julho de 2010

Elefante (2003)

Vá preparado para assistir à visão de Gus Van Sant sobre a tragédia de Columbine (ainda que em nenhum momento do filme se diga o nome da escola onde este se passa).
Os personagens são estupidamente reais: identifiquei-me com pelo menos um traço de cada um. Partindo de um episódio batido e gasto, diversas reflexões podem ser feitas não só sobre a juventude de alta classe americana, mas sobre os atuais modos de fazer escola, sobre o bullying, sobre a adolescência, sobre, enfim, quase tudo que acontece no meu mundo.

A potência das cenas, a sensibilidade das músicas - Beethoven mais de uma vez - , a repetição de cenas... Gus tem tudo pra se tornar meu ídolo. Não podia ser diferente: Elephant trata, sobretudo, da diversidade. O diretor - homossexual - consegue abordar os problemas desta fase conturbada com uma naturalidade especial. Sem moralismos e sem preconceitos.


É tão bom exatamente porque é tão autoral: dá pra sentir que todos os apectos técnicos interagem em sintonia. O filme todo tem uma vibração clara e madura. É Gus Van Sant, portanto espere cenas longas - algumas vezes acho que ele até força a barra no timing. Tirando fora esses exageros poéticos, que dá ao espectador responsabilidade demais, é um filme de se tirar o chapéu pela abordagem inovadora e artística.

NOTA:

domingo, 11 de julho de 2010

Morango e Chocolate (1994)

Aluguei esse filme junto a uma montanha pra assistir nas férias. Vou comentá-los a medida que os vejo, mas já vou avisando que eles fogem um pouco dos filmes que "temos" comentado na questão tempo: são antigos.


Começo essa jornada com um filme no mínimo polêmico. É a história de um intelectual professor de faculdade que conhece o aluno nada-mal Vladimir Cruz (Que figurou no atual Che (2008)). O primeiro, tanto artista quanto homossexual entusiasta; o segundo, revolucionário e atraente.


O filme, cubano, cativa pelos diálogos e pelos personagens bem construídos. A maneira que as cenas - algumas bem longas - se desenrolam é bastante natural e envolvente. Uma pena que seja de tão baixa produção, com uma fotografia, música e edição que não passam do mediano.

Homossexualidade. Cuba. Se você se interessa por pelo menos um desses assuntos, vale a pena conferir. Também trata de amizade, amor, fidelidade, liberdade de expressão... Mas garanto que será uma experiência cinematográfica diferenciada.

NOTA:

Passe Adiante