
O começo do filme é confuso. A primeira cena em que Hugh Jackman, cujo personagem é "O Capataz", aparece é numa briga de bar: Ele contra todos, ganhando. Eis que chega à Austrália a

A narração em 1ª pessoa começa, mas não é dela, e sim de Nullah, uma criança mestiça de aborígenes com brancos. Eu teria usado mais a sua causa, me aprofundaria MESMO no seu caso. Sua ingenuidade podia ter sido melhor usada, própria de uma criança, aliado à simplicidade de pensamento, também típico de

Os personagens não são complexos, são previsíveis. - Por que são tipos sociais, representando a sociedade da Austrália. - Mas o filme não quer apenas retratar esta terra: Quer contar uma história, a grande história de como Sarah chega como turista em Austrália, se sensibiliza com os nativos e acaba por fazer parte daquele cenário rudimentar, personalizado pelo Capataz ( que até era para ser interpretado por Russell Crowe, mas isso é detalhe). Talvez isso que o faça tão único: Ele é 132 filmes em 1: Longo e abrangente.
Só comecei sentir verdadeira afeição pelos personagens lá depois de uma hora do começo do filme. Em cenas que percebo que foram feitas para ser tocantes, não me sensiblizei absolutamente nada. É o caso da 1° morte do filme, que não direi como nem qual é por motivos óbvios. Para os novos leitores, não fazemos spoiler. A última meia hora, no entanto, é muito boa, tem um bom ritmo e até dá pra chorar em uma cena.
Apesar disso, é um filme um tanto nostálgico: Com fotografia espetacularmente captada por vistas panoramicas, a trama possui crianças indefesas, amores impensados e aventura de montão. É difícil detonar um filme tão sedutor e visualmente magnífico, ainda mais com dois atores tão marcantes.

Um filme grandioso em que, por mais que tenha milhares de defeitos, o jeito é ignorar grande parte do filme e tomar só o que importa, essas ressalvas geniais, essas cenas mágicas que, embora pudéssem ser muito mais bem usadas, estão lá. Sim, as quase 3 horas de filme parecem nunca acabar, portanto vá preparado ao cinema. Vale à pena, nem que seja só para ter uma opinião.
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