terça-feira, 13 de outubro de 2009

Låt den rätte komma in (2008)

Fui lá, numa quinta-feira, por R$4,50, ver "Deixe Ela Entrar", um filme Sueco. Tinha visto o trailer, e parecia bem bom pelas críticas e comentários.


Cheguei meio atrasado, lá pelos 15 minutos de filme, mas logo logo fiquei por dentro da 'trama.'
Antes de começar de verdade, quero deixar claro que isto é um COMENTÁRIO, não uma crítica, pois acho o filme além da minha capacidade de análise crítica: É experimental DEMAIS.


Pois bem. O filme é lindo, e se você vai ao cinema procurando um filme de terror, gênero ao qual foi classificado, vá ver Anticristo ou algo assim. Por que este filme é, como a sinopse magnificamente descreve, "Um menino de 12 anos chamado Oskar, excluido pelos colegas no colégio, conhece Eli, uma garota que se muda para o seu prédio, até que ocorrências estranhas acontecem e ele descobre que ela é uma vampira. Mas a amizade dos dois sobrepõe seu medo."

Baseado em um livro de 2004, o filme já ganhou 56 prêmios internacionais, mais do que merecidos. Fico muito triste quando paro e penso que um filme feito na Europa (nem é um filme Coreano ou Tailandês) tem de receber quase 60 prêmios para chegar aos nossos cinemas - ou melhor, ao nosso alcance - e ainda com 1 ano e meio de atraso! Se vamos viver a globalização e se adentramos a Era da Informação, que seja democrática e totalmente.


Não se esqueca que é um filme de terror, que não chega a ser repulsivo como Jogos Mortais III, mas é no mínimo impactante.

E, o mais importante, o roteiro. É tão esquisito o jeito que o filme se desenvolve que nem sei o que dizer. As coisas acontecem, mas parece que o que importa são os sentimentos, externados magnificamente pelo casal Lina Leandersson e Kåre Hedebrant (Pasme, ele tem 14 anos!)

Ele transborda poesia: é tão artístico que acredito serem poucos os que conseguem captar tudo que o diretor pôs na obra. Agradável ao extremo, leva o telespectador a criar vínculos com os personagens que sobrepõe a beleza do gênero.

NOTA:

domingo, 4 de outubro de 2009

A Era da Estupidez (2009)

Tive em contato com esse filme através de uma indicação sobre um site que mostrava os eventos do Wake up Call Day, onde as pessoas deveriam ligar para seus líderes de governo para pedir que eles estivessem na reunião das Partes de Copenhague, em dezembro, e levassem a questão climática a sério.

Esse dia coincidiu com a premiere mundial do The Age of Stupid, que veio em forma de pré-estreia em única apresentação no Brasil, incluindo Porto Alegre.



A Era da Estupidez é do diretor Franny Armstrong, que tem um aspecto bastante peculiar em seus documentários: a pesquisa. Enquanto esse filme levou 6 anos para ficar concluído, o seu filme anterior, McLibel, levou 10 anos para ficar pronto. Com isso, ele consegue ver a evolução das situações que são mostradas, acrescentando maior veraciadade e enriquecendo muito o documentário.

O filem tem apenas um ator, Pete Postlethwaite, que interpreta O Arquivista, um dos humanos sobreviventes que, em 2055, está no Arquivo Global, local que contem toda a produção científica e artística da humanidade.

O filme mostra 5 ótimas estórias reais (não vou estragar a surpresa) que conflitam e fazem o espectador refletir sobre as mudanças do clima e como isso impacta e como irá impactar no futuro as nossas vidas e agendas de nossos governos. Um aspecto importante da produção é o modo de contar histórias, que funciona de um jeito bastante político, motivando e movendo quem está assistindo a tomar uma atitude. E esse é o maior mérito de The Age of Stupid.



Existem algumas omissões importantes no filme, como questões da Amazônia e desmatamento e comentários sobre os impactos do clima na América Latina. Além de outras questões importantes em jogo e que não foram citadas.



Mas o importante o filme funcionou comigo: saí da sala mais motivado a FAZER ALGO a respeito, além do que já faço, para combater as mudanças climáticas. Recomendo fortemente. Só não sei quando vai estrear no Brasil. E vale ressaltar: é melhor do que Uma Verdade Inconveniente.

Nota:

Passe Adiante