terça-feira, 21 de julho de 2009

Harry Potter e o Enigma do Príncipe (2009)

O 6° filme HP lançou quarta-feira passada, dia 15. Só na primeira sessão (lançamento mundial), o filme arrecadou 22,2 milhões de dólares, recorde que antes era do último Batman, com 18 mlilhões.

Pois bem. O filme é bom, MUITO bom. Realmente diverte, passa a impressão certa nas horas certas, tem seus defeitos e suas peculiaridades, e vale muito a pena gastar 153 minutos e 9 reais o vendo. Eu mesmo pretendo revê-lo.

Sobre a história, bem... A cena que todos esperavam ficou excelente - cheguei a chorar em uma cena. Estes filmes têm muito o que se falar - e muito não dá pra escrever aqui: Seria um saco para quem não é fã.

O maior defeito do filme é a relação Harry/Gina. No livro, eles namoram. No filme, eles dão um beijinho 'michuruca' e só. Se fosse só isso até tudo bem, mas o filme passa todo tempo criando a expectativa, convergindo para o momento derradeiro que nunca chega. Bola fora.
Além disso, Daniel Radcliffe tem 20 anos na vida real - e 16 anos no filme. Até deu pra engolir, mas em algumas cenas os 3 ficaram muito 'faculdade'.

Eu acho que deram um foco esquisito para Dumbledore - ele não apareceu tanto quanto eu esperava - assim como quase tudo. O filme é muito centrado na vida dos 3 - e como o 3° filme, ele não consegue ser grandioso. Não que a Marca negra nos céus ou as labaredas de fogo sejam micharia, mas não deu a impressão de que tudo que ocorria era um fenômeno global, importante, vital.

Sobre a música, ficou um tanto 'deslocada': não fazia parte das imagens. Deu pra perceber que foi gravada separado e colocada em cima. Mas é muito boa, com certeza, embora não use o clássico tema que eu adoro. Utilizaram-no no trailer, veja em seguida:



Os atores se superaram mais uma vez, e não houve cenas constrangedoras no estilo "o bruxinho + popular do mundo". Ainda bem! Conseguiu passar a ideia de que Harry é um garoto normal, assim como no livro, e de que esses são tempos negros, de insegurança e desesperança.

Metade do filme foi simplesmente inventada. Foi bom? Sim, adorei o que inventaram, mas talvez tenham exagerado - muito material bom do livro não foi mostrada, e muito ficou perdido e solto, desconexo.

Quando se pensa que o filme está ficando chato, nos lembramos da história: Os tempos mudaram, a vida em Hogwart e no mundo dos bruxos e até dos trouxas não é mais a mesma.

Diferente dos outros filmes, ele é mais devagar (bem diferente da proposta vendida pelo trailer) e mais sério; Parecido com os outros, as cenas são curtas e as tomadas mais ainda. Péssima característica dos filmes da série é que eles não grudam na cabeça - ao sair da sala, dá a impressão de que não vimos um filme.

Embora muitos dos defeitos sejam sutis - e alguns talvez nem existam, sejam só implicância mesmo - ele merece 4 pipocas.

NOTA:

segunda-feira, 13 de julho de 2009

O Segredo de Brokeback Mountain (2005)

Tá, como não tenho visto nenhum filme ultimamente, vai um do fundo do baú.

A trilha sonora dele é emocionante - sutil da primeira vez, tocante depois de revisto. Alguns podem achá-lo lento demais, outros podem dizer qualquer coisa, cegos que estão pelo filme se tratar do tema que trata: o homossexualismo.

"Meus Heróis Morreram de Overdose"

É sobre dois cowboys que acabam criando uma relação além da amizade quando postos por meses isolados para cuidar de ovelhas. Sobre como suas vidas acabam por causa da relação - e mesmo assim, é tudo o que eles têm. Sobre como o preconceito é a maior praga da humanidade, como o ser humano pode ser sujo e como pode ser bondoso, sobre como a vida passa sem percebermos e sobre o que acontece quando nos deixamos levar mais pelo instinto do que pela inércia.

Da primeira vez que eu vi, admito (me envergonho, mas admito) que não gostei: Achei nojento - Mas vi no cinema, acompanhado de pessoas que também não gostaram. Como tudo nesse mundo muda, esse foi o filme que eu mais mudei de opinião ao rever. O filme é lindo, técnicamente impecável, sensível e tocante: é só se entregar a ele.

Dirigido por Ang Lee, o mesmo diretor do Hulk de 2003, Razão e Sensibilidade (Baseado num livro da Jane Austen) e O Tigre e o Dragão.

Heath Ledger é Ennis Del Mar, um solitário cowboy que só tem na vida a sua esposa (Alma, atuada por Michelle Williams)
Jake Gyllenhaal, de 'Donnie Darko' e 'Seven', é Jack Twist, um homem de rodeios que se casa com Lureen, interpretada por Anne Hathaway.

Ganhou o Oscar de Melhor Diretor, Melhor Música Original para Gustavo Santaolalla e Melhor Roteiro Adaptado (É baseado num conto de Annie Proulx de 60 páginas.) Indicado a mais cinco, inclusive Melhor Filme e Ator Principal (Heath) e Coadjuvante (Jake).

Alguns esclarecimentos para quem não viu - ou pra quem não entendeu direito. É mentira quando se diz a inverdade-mor de que o filme é "Os dois viados que ficam transando", e não foi só 1 vez que eu ouvi isso. Há apenas uma cena de sexo homossexual - ousadia do diretor, sim, mas não um erro. Ennis não se envolveu com nenhum outro homem, e houve um tempo que gostava de sua esposa. Não é, portanto, homossexual.
Pesado é o novo filme de Ang Lee, Desejo e Perigo, com cenas cruas de estupro e assassinato.

O filme realmente me tocou, mas tentando ser um pouco imparcial, dou 4 pipocas. Mais do que um polêmico filme social, é um filme humano, mostrando que , afinal, não há tanta diferença entre os homens como tentamos encontrar.

NOTA:

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Duplicidade (2009)

Esse título chegou com todo o estilo, música, fotografia e jeitão de um novo filme de golpe, ou "Scam movie", como é dito no trailer.

Eu adoro filmes do gênero, cheios de conspirações, agentes duplos, glamour e muita grana. À la Onze Homens e Um Segredo, Plano Perfeito, Confidence, Prenda-me Se For Capaz, etc. E fazia tempo que não via um desses. E também tinha o diretor Tony Gilroy, o mesmo da trilogia Bourne e Conduta de Risco.



E é nesse estilo que o filme se comporta. O enredo trata sobre dois agentes secretos, um da CIA e outro do MI-5, que decidem entrar no ramo de espionagem empresarial. Bem interessante. Aliás um tema pouco explorado no cinema. Duplicidade vem junto com Trama Internacional, também com o Clive Owen, que trata sobre bancos. Ambos estão em cartaz no Brasil.



Visualmente o filme é bem interessante. Ele é mais bonito e agradável do que a maioria dos filmes do gênero. Começa mostrando a rivalidade dos dois CEOs das empresas que o filme foca. São duas multinacionais gigantes no ramo de higiene e estética. A louvável cena inicial ilustra bem isso.

Julia Roberts, por quem eu não tenho uma grande simpatia, interpreta Claire Stenwick. Ela está muito bem no papel. E sexy. Clive Owen é um dos meus preferidos, mas já o vi em atuações melhores. Duplicidade manda bem também nos coadjuvantes. Tem Tom Wilkinson e Paul Giamatti (outro dos meus preferidos), como os dois CEOs.



O fime tem comédia, suspense, ação... tomadas em várias cidades do mundo, tramas complexas, história em alta velocidade. Essa mistura já comum em filmes do mesmo estilo. Por isso ele peca. Deixa de inovar na forma. Os méritos de Duplicidade são o elenco de ponta e o tema da espionagem (empresarial). Vou dar 4 pipocas porque adoro filmes de golpe. Toda essa velocidade e complexidade me emociona. Palmas para Tony Gilroy.

OBS.: Se você não gosta desse modelo de filme, eu não recomendo. Ou você vai achar muito "hollywoodiano" ou vai chegar no fim sem ter entendido nada da trama.

Bons filmes!

Nota:

Passe Adiante