domingo, 29 de março de 2009

Across the Universe (2007)

Janeiro do ano passado, eu e o Bruno fomos no cinema do aeroporto, o único que ainda disponibilizava esse filme. Uma semana depois, fomos de novo.


O filme se passa em 68 e mostra os altos e baixos daquele ano: A guerra do Vietnã, o assassinato de Martin Luther King, a loucura hippie e a facilidade de se entrar nos EUA. Tudo isso com versões super-boas de músicas dos Beatles.


Para mim, as melhores músicas são Let it be e I wanna hold your hand, e Hey Jude. Embora Get back, Imagine e I'll follow the Sun tenham ficado de fora, algumas versões ficaram ainda melhores que a original dos Beatles. Legal também que os personagens têm nomes de pessoas citadas nas músicas dos Beatles, como Lucy e Prudence.

Conseguiram fazer o que muitos artistas não conseguem: Uma tipificação social com profundidade, fazendo você se apegar aos personagens embora eles representem tipos da sociedade, sem uma história muito original. São eles "o cara que se safa de tudo até que é chamado pra guerra depois de largar a faculdade e se mudar para NY", "A irmã mais nova comportadinha que chega em NY e vira uma revolucionária e namora o melhor amigo de seu irmão." e "O desenhista de Liverpool que chega em NY e fica perdido em meio a tantas ideologias." São Max, Lucy e Jude.

Com uma apresentação especial espetacular de Bonovox, tocando duas músicas, o filme te surpreende quando tu acha que ele se perde, na parte em que, como todo musical, o filme se torna um pouco chato.
E há referências a grandes astros da música: Jojo e Sadie se passam por Jimi Hendrix e Janis Joplin, Prudence é Yoko Ono e Maxxie acredito ser uma representação de Kurt Cobain (Pelo menos na cena de Black Bird);



É um filme lindo, que retrata a década de 60 com canções da maior banda de todos os tempos (Talvez não a melhor, mas isso é outra história). Se não viu, veja. Se já viu, compre. Para se ter em casa e rever muitas vezes.

Vale a pena dar uma conferida no site oficial, o mais elaborado e fodástico de sempre:
http://www.sonypictures.com/movies/acrosstheuniverse/site/

NOTA:

segunda-feira, 23 de março de 2009

Força Policial (2008)

Assisti esse filme não por querer ver Eduard Norton ou Collin Farrel, nem porque eu estava sedento por um policial. Vi por falta de opção e compatibilidade de horários, sem ter expectativa alguma.

Mas posso dizer: é melhor policial dos últimos tempos.



Lembro de outros filmes ao pensar em Força Policial, sendo o mais evidente: Tropa de Elite.

O filme fala sobre a corrupção na polícia de Nova Iorque no setor de narcóticos. Existem policiais que fazem todo o tipo de crime debaixo do distintivo da NYPD, os orgulhosos New York City Cops.

Mostra como esses crimes, extorsão, chantagem, troca de favores e influência, roubo de drogas, abuso de poder, foram acobertados pelo próprio departamento. Mostra o corporativismo da polícia de Nova Iorque sem meio-termo. Todos sabem do que está acontecendo, mas ninguém fala porque policial respeita policial.



Essa é a parte inovadora do roteiro, a que lembra o Tropa. Que mostra esse grande conflito na mente dos homens-da-lei sob a ótica de uma família de tiras, mostrando e trocando entre os pontos de vista de bom e mau policial. Quem dá vida a essa trama são: Eduard Norton, Colin Farrell, Noah Emerich e Jon Voight. A atuação deles é bem interessante. Collin Farrell e Edward Norton estão bem convicentes, mas eu gostei mais do Norton. Noah Emerich está bem esforçado também. Sem brilhos de atuações, na verdade.

Achei o enredo é meio manjado. Me lembrou na hora o We Own The Night, (Os Donos da Noite) que também aborda uma família de policiais. Mas falando dos aspecto técnicos: a trilha sonora é leve e agradável, mas não se destaca. A fotografia é interessante e a montagem é meio que rápida demais, alternando os pontos de vista violentamente, às vezes deixando tudo meio confuso.


Vale a pena ver o filme porque aparece um NYPD em ação, nas ruas, e como o seu código de honra, o orgulho e a glória, estão agora distorcidos. Além disso não tem muita coisa de novo. Outro ponto negativo foi a divulgação, que dá a impressão de ser um filme com muita porrada e tiroteio. E não é. Venderam mal. Vão atrair quem gosta da trilogia Bourne e Missão Impossível quando era pra chamar quem gostou de Crash e Dia de Treinamento. (meu caso)
Uma pena.

Nota:

quinta-feira, 19 de março de 2009

Pixar Short Films (1984-2006)


Eu, que amo curta metragens, amei este DVD da Pixar cheio de curtas de animação. Desde o consagrado que fez a lâmpada o seu símbolo até "Lifted", de 2007.
O que REALMENTE me fascinou no DVD foram os extras. Como são apenas 55 minutos de curtas, o que eu fiz foi assistí-los novamente com comentários do diretor. Mostra que a Pixar foi a precursora de filmes de animação, e que os primeiros eram muito toscos mas uma revolução pra época.
Há o curta do Monstros S.A., o do Toy Story, o do Carros e o dos Incríveis. Fantástico. O mundo da animação me fascinou.

Vai aí um dos melhores:

"Boundering" é meu favorito. E o seu?

NOTA:

quinta-feira, 12 de março de 2009

Watchmen (2009)

quarta-feira, 4 de março de 2009

Quem Quer Ser Um Milionário? (2008)

Vimos! Sim, vimos o grande vencedor do Oscar! Slumdog Millionaire.


Tudo começa com a pergunta: Como um garoto favelado pode acertar todas as perguntas de um programa e ganhar 20 milhões de rúpias?

a) Ele é um gênio.
b) Ele trapaceou.
c) Ele tem sorte.
d) Está escrito.

Após, um fade para um jogo de baseball na favela X, onde meninos começam a correr de seguranças ao som de Oh Saya, linda canção que concorreu ao Oscar. Depois de respirar do começo arrebatador, a história passa para o interrogatório de Jamal Malik (Dev Patel), que foi acusado de fraude por tem acertado todas as perguntas do Show do Milhão indiano, sendo ele um favelado. Como pode?

Paralelo ao auditório onde se passa o programa, a história também passa pela sala do delegado que está interrogando Jamal. E ele explica como sabia a resposta de cada pergunta. Pergunta a pergunta, se vai entendendo quem é esse personagem, e porque ele está lá.

Um dos motivos é seu amor eterno pela linda Latika (Freida Pinto), parte do filme que pode passar como "aquela história clássica de um amor de infância que foi sobrepujado pelas dificuldades da vida." Mas a atuação fantástica das crianças que interpretam Jamal, Latika e seu irmão Salim, dão um toque especial para dar um clima real de amor eterno.

té aí, nada de muito novo no quesito enredo, né? É o que parece. Só que no meio dessas duas tramas principais, de um lado o jogo que pode mudar para sempre a vida de Jamal e de outro a sua busca pelo seu eterno amor, Latika, existe uma história linda de sofrimento e superação. O jeito como Danny Boyle (vencedor do Oscar de Melhor Diretor) conta a história de Mumbai, da favela X e da Índia como um todo, é espetacular. Por vezes, lembra Cidade de Deus. Por outras, lembra algo como Babel. E por outras ainda, lembra um filme simples, barato e extremamente sicero e original. O bonito do filme, o que o destaca e diferencia não é a história em si, mas como ela é contada.

O diretor Danny Boyle com a atriz que fez Latika criança

À medida que o filme se passa, você vai entendendo a mensagem do mesmo: "de que para saber, tem que viver". Que, mesmo não tendo frequentado a escola completa, Jamal Malik sabia todas as respostas pois, cedo ou tarde, no meio de sua vida de desafios, ele havia enfrentado as perguntas.

Claro, o filme diz que dinheiro não é nada, só o caminho para chegar ao que realmente importa, neste caso, o amor.


NOTA:

Curiosidade: 20 mlhões de rúpias são R$851.723,16. E sim, eu procurei a cotação da rúpia no Google e converti. ;D

Passe Adiante