terça-feira, 22 de março de 2011

A Fita Branca (2009)

Chato. Enfadonho. Massante. Entediante. Frio. Como a maioria dos filmes europeus que eu já vi, ele dá aquela impressão de que não foi feito pra mim. Parado e lento, deu sono.






Estava com altas expectativas, e o que encontrei, além de diferente, é pior do que eu esperava. Sempre ouvi muito clara
mente que o filme
tratava de "O impacto da 1 Guerra Munbdial num coral de crianças de uma cidadezinha da Alemanha". Nada a ver com isso: o filme retrata -muito bem, está certo - uma série de eventos estranhos num vilarejo da Alemanha.
Achei um tanto confuso, com personagens confundíveis e difíceis de se identificar. Parece que o filme vai passando, as coisas acontecem e nós, como espectadores, longe da realidade que está na tela.

A reconstrução de época, impecável; A utilização do preto-e-branco, bola dentro. T
odo o sentimento de culpa, recatamento, contenção das emoções e vergonha são maestralmente expostos, chegando a dar pena em muitas cenas. Mas sempre com aqueles ângulos sóbrios, a câmera parada e o silêncio nada envolvente.

Não sei se o filme não funcionou comigo, se é a maneira europeia que não me apetece ou se estava querendo algo diferente naquele momento, uma manhã de segunda. É um filme bem feito, até reconheco, mas, so far, a maior decepção do ano. Dou 3 pipocas por reconhecer que é bem feito, que tem algo aí que simplesmente não me prendeu.

NOTA:

quinta-feira, 17 de março de 2011

127 Horas (2010)


Achei, sem pestanejar, bem melhor do que Slumdog Millionaire. Vou passar a me ligar nos próximos trabalhos do Danny Boyle, já que acho que ele não fez nenhum filme fantástico anterior a esses dois (Talvez só Extermínio e Trainspotting valham a pena).

O filme é baseado na história - verídica - de um homem que fica preso num canyon nos E.U.A. por +- 5 dias. Importantíssimo lembrar que ele não exagera em nenhuma cena, nem na agonia, nem na apelação; Sim, porque é o retrato dos momentos de alucinação de um jovem à beira da morte, feitos com a mais refinada sensibilidade e com o ritmo adequado. A música é ótima, com excessão do final, que chega a quase destruir uma cena.

James Franco, (o Duende Verde) depois de Milk , aparece de novo com aquela barba super-sexy que senti falta no visual do Oscar. Quero chegar aos 33 anos como ele. *.* E o filme é Aron, seu personagem, e Aron e Aron... Esse é um daqueles filmes ótimos de se ver os extras e entender como
trabalhar com praticamente um só cenário e personagem, como James se portava com todos em volta dele intensivamente e como fizeram as vistas panorâmicas de cair o queixo.

Chorei, me contorci na cadeira, ri bastante... Com certeza vai entrar pros melhores do ano. Vá ver no cinema, onde as emoções são potencializadas.


NOTA:

terça-feira, 8 de março de 2011

Um Lugar Qualquer (2010)

Somewhere é dirigido e escrito por Sofia Coppola. Fui ver com baixíssimas expectativas, e ele só confirmou o que suspeitava: Sofia não é a minha diretora.


É a história de um ator de ação de Hollywood que passa um tempo com sua filha. É uma demonstração da rotina de um jovem rico e famoso super entediado. É um pouco da verdade por trás das câmeras. É Johnny (Stephen Dorff) tentando ser um pai decente para sua única filha, Cleo (Elle Fanning, a pequena Daisy de Benjamin Button) e ter uma vida mais "normal".

Achei muito parecido com Encontros e Desencontros, e baseado nos dois, afirmo que ela é uma diretora de que não gosto. Ou melhor, não entendo. Pra mim, são longas e cansativas cenas de pessoas solitárias, até a exaustão. O ritmo parece não transcorrer naturalmente: cada minuto exige muita atribuição de sentido. Esses dois filmes, pra mim, não me mudaram em nada: saí do cinema (Ou do sofá de casa, no caso do 2°) do mesmo jeito que entrei. De Maria Antonieta eu me lembro de ter gostado, mas faz tempo que vi.

Daí eu me lembro de Gus Vans Sant e de suas também longas tomadas sem mensagem explícita, com a diferença de que estas eu aprecio E entendo melhor, talvez por causa da música erudita que ele põe ao fundo (em contraste com o silêncio chato da Sofia).

Não posso dar menos de 3 Pipocas porque ele me fez rir e algumas cenas são realmente muito boas. Ele provavelmente fala da distância, do tédio e da artificialidade, mas não consigo pensar em outra palavra para descrever aquele final (não me crucifiquem!) do que pseudo-intelectual.

NOTA:

Passe Adiante