Filmaço! Numa noite chuvosa de domingo, me aventurei com minha amiga Lucy na sala do Santander Cultural para ver a sessão comentada pela diretora Ana Luiza Azevedo. E valeumuito a pena.
É um filme apaixonante, já que toca em pontos tão cotidianos e simples de maneira que é impossível não se deixar cativar, seja pelos personagens, seja pelo ar da pequena cidade do interior do RS chamada Pedra Grande. Eu, pelo menos, me vi em quase todos, em quase tudo, um pouco: no fotógrafo apaixonado, na irmã ingênua, no pai parceiro, no melhor amigo encrencado, na namorada disputada... Antes Que o Mundo Acabe junto a simplicidade da vida no interior e a complexidade de um adolescente de 16 anos, o Daniel.
É um filme apaixonante, já que toca em pontos tão cotidianos e simples de maneira que é impossível não se deixar cativar, seja pelos personagens, seja pelo ar da pequena cidade do interior do RS chamada Pedra Grande. Eu, pelo menos, me vi em quase todos, em quase tudo, um pouco: no fotógrafo apaixonado, na irmã ingênua, no pai parceiro, no melhor amigo encrencado, na namorada disputada... Antes Que o Mundo Acabe junto a simplicidade da vida no interior e a complexidade de um adolescente de 16 anos, o Daniel.
Ele é uma adaptação de um livro de Marcelo Carneiro da Cunha. A trama toda se baseia -sutilmente- nos contrastes, no limite, na beirada do 'antes que o mundo acabe'. É um filme sobre diferenças, mas sem a mensagem pedagógica já tão senso-comum de "Respeite as diferenças". Não, as diferenças existem no plano casa/cidade/planeta, família/mundo lá fora. É se encontrando aos poucos com o pai biológico que vive do outro lado do mundo que o garoto da foto ao lado se encontra - afinal, os dois têm até o mesmo nome.
Fica o trailer pra quem precisa de mais pra se convencer a ver esta produção gauchíssima, sem dúvida alguma o meu filme brasileiro favorito: http://www.youtube.com/watch?v=wIAeG37DYw4
NOTA:
PARA QUEM VIU
Pelo que vi, Ana Luiza fez milagre: no livro não existe a personagem da irmã mais nova, que dá a versão cômica, distânciada e ingênua da história; 90 % do livro são cartas; A trama não se passa no interior - logo, não há visita a Porto Alegre. Difícil imaginar, não? O livro, na minha opinião, deve ser uma droga, baseada demais na relação do filho com o pai.
Outra questão que surgiu na sessão foi se Daniel estava de alguma maneira encarando a ida ao México como fuga da realidade que se mostrou não-tão-agradável, ou se ele queria mesmo era se encontrar com o pai (Cena que, aliás, graças a Deus não foi mostrada). O que a diretora disse e eu concordo plenamente é que aquela viagem pro México mostra exatamente que ele, enfim, aceitou a mudança (tanto que até a metade do filme ele reluta contra o pai biológico, mas depois que escreve o e-mail, aceita que não pode ser mais o pacato rapaz do interior.) E, como um certo rito de passagem, deixa de lado seu mundinho de Pedra Grande para conquistar o mundo, antes que... Enfim, tu sabe. =D