sábado, 13 de junho de 2009

Pequena Miss Sunshine (2006)

Tenho passado por um momento esquisito: Estes filmes que tenho assistido ultimamente no cinema, ou em casa mesmo, não me têm despertado nenhuma vontade de comentar. Por isso, ao comprar e rever Pequena Miss Sunshine, consegui dar um tapa na minha onça do cinema.

Pra começar, este é um dos meus filmes favoritos. Acredito que a melhor comédia que eu já tenha visto, ele é inteligente sem ser cafona, é profundo sem ser complexo, é reflexivo sem ser cansativo.


O filme narra a odisséia de uma família, os Hoover, à Califórnia para que a caçula concorra num concurso de Miss. Personagens preocupantemente reais, há dentro da kombi uma representação da sociedade como um todo. Tenho uma revista, a Psique, que fala só das análises psicológicas que há no filme. Ou seja, vale mais que umas risadas.

Os personagens são...
Dwayne, um adolescente que idolatra Nietzsche e fez um voto de silêncio por 8 meses até então, interpretado por Paul Dano, o pastor Eli de Sangue Negro, que aposto que será um dos maiores atores que Hollywood vai ver;
O safado velho Edwin, que foi expulso do asilo, interpretado por Alan Arkin, que ganhou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante em 2007 por Miss Sunshine (Merecidíssimo);
Frank, um homossexual que tentou se suicidar e é uma referência em filosofia, atuado por ninguém menos que Steve Carell;
Sheryl, a super atarefada mãe da família, interpretada por Toni Collette;
Olive, a criança gordinha que quer ser Miss e causa cenas ótimas pela ingenuidade e pela simplicidade de pensamento, vivida por Abigail Breslin, que concorreu a Melhor Atriz Coadjuvante mas perdeu para Jennifer Hudson em Dreamgirls (Não gostei desse filme, mas tenho que rever para ter uma opinião de verdade);
Richard, o pai, viciado no seu trabalho, tenta motivar todos com sempre o mesmo discurso irritante, atuado por Greg Kinnear.

Adorei não usarem Steve Carell como ponto de apoio no filme: Ele é mais um ator, brilhante como todos. As músicas são ótimas, a fotografia merece destaque também, pelas cenas na kombi, assim como a integração dos atores e o tom sutil de deboche, propiciado não só pelo roteiro, mas por alguns ângulos, cores e maquiagens.

O roteiro original, por Michael Arndt, um cara que saiu do nada e fez o roteiro de Toy Story 3, que está sendo filmado e lançará ano que vem, foi vencedor. Uma Família à Beira de um Ataque de Nervos , nome em portugal (uaehuaehuaheuhae), concorreu também a Melhor Filme, perdendo para Os Infiltrados, que eu não gostei mas, repito, tenho que rever - Não me lembro de nada, só da impressão que o filme me deu.

Para terminar, veja. Se conseguir achar um motivo para não gostar dele, me avisa. Não imagino qual pode ser. Só não se engane - nem tudo que está na tela acontece de verdade, e só porque alguém pensa diferente de você, não quer dizer que você naõ gosta deste alguém.

NOTA:

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