segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Crash (2004)

Revi ele hoje e, finalmente, percebo o quão magnífico é. O Bruno sempre classificou-o como um de seus favoritos, mas para mim, algo ainda não fazia sentido. Agora, mais maduro, admito: Entra na minha lista de 10 filmes favoritos.

Pois bem. O filme, cujo título em português é "Crash - No limite" (Nem me incomodo mais com subtítulos desprezíveis) trata, basicamente, do preconceito. Claro que fala muito a respeito da violência, da ética, da bravura, da falta de sensibilidade e até mesmo do mal-uso do poder. Tudo em várias tramas interdependentes.


Uma delas conta sobre uma família de imigrantes persas, comumente confundidos com árabes e iraquianos, que têm sua renda baseada numa lojinha em um bairro perigoso de Los Angeles, e por isso compram uma arma. Há um casal que, após ter seu carro roubado, cai em ruínas ao que o homem só se importa com seu cargo político e ao que a mulher discrimina metade do mundo. Um dos assaltantes acredita que todos o discriminam, e há também o chaveiro, um mexicano com tatuagens que é carinhoso com sua filha; O policial que assedia uma inocente ao apalpá-la e seu marido, que nada faz além de pedir desculpas.

E por aí vai: Seria chato continuar citando os personagens e cenas: São MUITAS, o que faz de Crash um filme denso, que necessita de muita atenção mesmo que não seja rápido.

E a trilha sonora. Ah, nada como músicas ultra-oportunas (Uma delas, inclusive, do jogo "Rome - Total War", pra quem conhece) e fotografia maravilhosa. Não é à toa que venceu o Oscar de Melhor FIlme Edição e Roteiro ORIGINAL em 2005, por Robert Moresco e Paul Haggis, além de ter ganho outros 42 prêmios e concorrer a mais 66. Este tal de Paul Haggis também escreveu - pasmem - Menina de Ouro, Cartas a Iwo Jima, A Conquista da Honra, 007 Cassino Royale e 007 Quantum of Solace. Ah, e foi ele que dirigiu Crash também.

E é nesse ponto que explicito uma opinião minha: Sou a favor daquela greve que os roteiristas fizeram no começo do ano passado. Eu sei que milhares de dólares foram perdidos, eu sei que com isso a 4ª temporada do Lost teve só 16 episódios, mas os roteiristas DEVEM ser mais reconhecidos, tanto financeira quanto popularmente. Pô, você já ouviu falar deste Paul Haggis? Pois é, eu também não, e acabo de descobrir que o cara é um fucking-genius.

Bom, todos devem assistir este épico que, sobretudo, trata das relações humanas e o quão complexas e ambíguas podem ser. Tudo depende de um referencial, e não cabe a ninguém julgar nem ser julgado.

NOTA:

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