terça-feira, 12 de outubro de 2010

Direito de Amar (2009)

Amor. Amor homossexual. A Single Man é isso e muito mais. Ok, muito não, já que nada é muito mais do que isso, o amor. É um drama romântico. Bonito, acima de tudo.

Colin Firth (concorreu ao Oscar de Melhor Ator por esse papel em 2010) é o Professor George Falconer, que perdeu seu amante Jim(Matthew Goode) há algum tempo e, junto, a perspectiva de sua vida. O filme se passa em u
m único dia (Sem contar as memórias, claro) desse romântico agora sem horizontes. Julianne Moore
é Charley, sua melhor amiga excêntrica e cativante. Nicholas Hoult é Kenny, o aluno interessado não só
no professor Falconer como no George fora da sala
de aula.

Tecnicamente, o filme é excepcional. A trilha sonora é completa, lembrando Fonte da Vida de vez em quando. A fotografia é metade do filme, com excelentes cenas em preto-e-branco, em câmera lenta e com enquadramentos nada usuais.


A estréia de Tom Ford, estilista da Gucci, na direção, é impecável. Ao mesmo tempo que consegue não cair em erros de principiante, inova no estilo. Uma técnica que ele usa e abusa é a de aumentar a saturação da imagem nos momentos em que Falconer se sentia vivo, nas cenas que o excitavam de alguma maneira. No começo achei um pouco exagerado, depois percebi que acabou dando um toque muito peculiar e, afinal, foi super bem utilizado (Com os lindos olhos azuis do lindo Kenny Potter, com o vestido da pura criança, com o batom vermelho da moça loura da secretaria...)

No fim, é um filme contido, por assim dizer. Tem seus altos e baixos, mas, talvez por depender da empatia do espectador com os personagens, não possa dar 5 pipocas. Sempre lembro de A Mulher do Viajante do Tempo, que detestei por não ter curtido o personagem principal. A mesma coisa vai acontecer se o espectador resistir a um beijo entre dois homens, se não perceber a infinita e sutil beleza das cenas mais intimistas ou se estiver meio com sono, já que, talvez, o filme seja mesmo meio lento.

NOTA:

1 Opiniões:

talvany disse...

Ah, eu daria cinco estrelas! Nem que fosse só pela interação Colin Firth / Tony-Skins que foi única!
E eu nunca noto muito figurinos em filme, mas esse eu achei muito bom! (fator que deixa claro a direção estilista do Tom Ford)
Que vontade de ver de novo.

Passe Adiante