O único longa gaúcho do 36° Festival de Gramado é muito bem feito, com atores conhecidos como Tarcísio Magalhães Filho (A Casa das Sete Mulheres ), Nico Nicolaiewsky (Tangos e Tragédias), e Evandro Elias (Bailei Na Curva),com uma música tema muito bem posta. Narra a lenda do Negrinho do Pastoreio na visão de um índio.Para Quem Não Viu: Vale a pena. Embora não tenha o brilho de grandes-produções nem uma história original e que já foi batida, o filme diverte e traduz os sentimentos da época muito bem.
Para Quem Já Viu: O roteiro não se destaca em nada, pois o final, embora diferente do que conta a lenda, é um tanto previsível e moralista, mas sem ser ruim. Na perturbadora cena das 100 chibatadas, achei muito bom o modo como demonstraram a imbecialidade dos senhores de escravos, que acreditam apenas na força e no chicote, traduzindo o sentimento da Revolução Farroupilha de abolição da escravatura. Não gostei, no entanto, que é intercalado o aprisionamento do domador de cavalos e a parte de Netto, por que quando se está entrando na história, ela muda de foco. Ele tem uma peculiaridade de filmes clássicos e de baixa produção como Dança com Lobos.
Agora é so ver o Netto Perde Sua Alma (2001), que é, cronologicamente, depois deste.
Nota:
"Linear, caseiro e por vezes perturbador, é uma produção gaúcha que merece o ingresso"
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