quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Onde os Fracos Não Têm Vez (2007)

O filme é uma loucura. Vi ele à meia-noite, sozinho. Estava com sono, perigando a dormir no meio do filme. Foi só dar play que, como mágica, o sono sumiu.

No Country for Old Men é o título original. Se gostei da tradução? OK, "eles" não traduzem ao pé da letra, todo mundo sabe disso, e descobri que, por causa dos direitos autorais, a tradução literal é mais cara para a distribuidora. Pensando que a maioria dos brasileiros vai ver o filme e achar fantástico, e que poucos se aprofundam (Nós dois somos desses) no enredo e nas técnicas, gostei sim da tradução. Na verdade, o nome original é melhor, tem mais a ver com a história, que é a constante mudança do Oeste texano nos anos 80, o tráfico de drogas com os mexicanos e a violência sem limites nos crimes. E não vamos reclamar de barriga cheia, afinal, em Portugal, o filme foi traduzido como "Este país não é para velhos".
Vencedor dos Oscars de melhor filme, melhor roteiro adaptado e melhor direção, para Joel e Ethan Coen (Fargo), e melhor ator coadjuvante, Javier Bardem. Como definir o filme?... É uma mistura de ação, suspense e terror, com um pouco de comédia e drama. Mas a melhor definição é a de Kelly Macdonald, uma das atrizes: "É um filme dos Coen. Eles são um gênero em si."


O filme conta a história de um homem que nunca teve muito dinheiro e é veterano do Vietnã, Llewelyn Moss, Josh Brolin (O Bush de W.), que encontra uma mala cheia de dinheiro.
Na sua cola está Anton Chigurh, um personagem enigmático e que não pertence àquela terra, que quer o dinheiro (Ou algo mais?). E, principalmente, conta como o xerife Ed Tom Bell, interpretado por Tommy Lee Jones, de MIB, (Que descobri ser protagonista só quando vi os extras) vê o oeste do Texas se tornar um lugar incompreensível.


Preciso mesmo te convencer que merece 5
pipocas?



Música, não há. Só alguns efeitos, além da dos créditos. O filme tem um ritmo meio lento, mas não cansativo. As coisas acontecem, e de vez em quando quando você menos imagina, o que eu adoro. A ausência de trilha sonora dá uma pincelada de realidade que pouquíssimas vezes eu experimentei no cinema.
E, como o próprio título do filme sugere, o cenário é praticamente um personagem.O espaço é funcional, não apenas decorativo.
Vi nos extras que os irmãos Coen são demais. Um completa a frase do outro, nunca brigam, entendem que todos tem seu papel fundamental no filme e te deixam seguro. Era o sonho do Javier Bardem trabalhar com eles, e acho que é também de muitos atores e técnicos.
Ah, e os extras do DVD são ótimos: Não são cansativos e tem conteúdo.


"Experimental, tenso e compenetrante, Onde os Fracos Não Têm Vez é uma obra-de-arte."
NOTA:

1 Opiniões:

Anônimo disse...

aeeee Peroni =D parabens pelo blog :D eu li todas as criticas até "Ainda Orangotangos" e tá muito lecau mesmo. tipoo, que hj eu assisti o Vicky Cristina Barcelonal, entao ficou tudo a ver a tua crítica.
Boas férias! beeeijao!

Passe Adiante