Vencedor dos Oscars de melhor roteiro original para Dustin Lance Black e melhor ator para o insuperável Sean Penn, o filme concorreu também a melhor figurino, edição e trilha sonora original.
Josh Brolin (Onde os Fracos Não Têm Vez), interpretando Dan White implacavelmente, concorreu ao Oscar de Ator Coadjuvante (Que perdeu para Heath Ledger).
Gus Van Sant, que concorreu a melhor diretor no Oscar, conseguiu cumprir sua missão de "reviver este mártir do movimento gay, que parecia ter sido esquecido por esta geração". Não só difundiu seus ideais como o fez ídolo de muitos, a quem me incluo.
Mesmo estando com as expectativas lá em cima, o filme me surpreendeu e me emocionou. Chorei - não de tristeza, não de felicidade. Chorei de emoção, como em Benjamin Button, com a certeza de que a vida é linda, mas para aqueles que lutam por ela. Parecido, mas diferente.
Cenas reais dão uma noção de realidade ótima. Anita Bryant, uma conservadora anti-gays não é interpretada por ator algum: Suas aparições no filme são todas de cenas reais, como as entrevistas pra TV. A narração em primeira pessoa de Milk dá um toque de intimidade à historia, um toque de humanidade. O filme narra a vida de Harvey Milk, mas não conta como foi sua infância, sua adolescência: fala, sim, sobre o que o fez imortal, sobre aquilo que ele fez de importante.
Um filme que muda vidas, que dá esperança, que muda o teu jeito de pensar sobre a sociedade, sobre as minorias, sobre a humanidade, sobre a luta por um ideal. Imperdível. Mudou a vida de Gus Van Sant, que "saiu do armário" quando soube da história de Harvey. E mudou a minha. Posso dizer que é o filme que mais mexe comigo.
NOTA: