sábado, 8 de agosto de 2009

Gran Torino (2008)

O filme narra como um velho de lá seus 70 anos, Walter Kowalski(Clint Eastwood), ranzinza e recém viúvo, sendo ex-combatente na Coréia, vive num bairro repleto de violência, gangues e diversidade racial. Vi ele sem nenhuma pretenção at all, e me surpreendi. Pensava ser mais violento, repulsivo e superficial. Que erro!

E viva a filosofia "Saiam do meu gramado!"

Ele mostra como é viver num bairro ultra-perigoso, com brigas de gangues, seja dos mexicanos, dos negros ou dos chineses. É interessante ver a relação de um americano conservador com a Igreja, as gangues e os vizinhos.

Cada frase é muito bem pensada, os personagens são inovadores e reais e vale destacar que as atuações são impecáveis. Na trilha sonora, Jamie Cullum fez música especial (Concorreu aoGlobo de Ouro) e umas batidas de tambor num estilo militar. Muito originais e oportunas.

É rated R (Classificação máxima: proibido para menores de 18 anos nos EUA) pela linguagem preconceituosa e pela violência (que não achei excessiva e sim realista). Aqui no Brasil, classificação de 14 anos. Vai entender?

O carro é o que cria toda a polêmica, é a ponte entre Walt e seus vizinhos e, embora não seja o centro do enredo, nele está retratado a alma de Walt.

Acabo de me tornar um fã de Clint Eastwood. Dirigiu Cartas de Iwo Kima e Conquista da Honra, ambos ótimos de 2006, e Menina de Ouro, Oscar de Melhor Filme em 2004, onde fez o treinador. Desde 55 aparece nas telas, nos filmes de velho-oeste, e parece que este foi o último filme em que ele atuou, podendo ter sido o melhor.

O que me tira do sério é que nem indicado a nenhum Oscar ele foi. Está certo que Clint concorria com Brad Pitt, Sean Penn, Frank Langell, Mickey Rourke e Richard Jenkins, mas há outros aspectos de destaque no filme.

É grande sem ser grandioso, é profundo sem ser forçado, é engraçado sem ser besteirol, é aconchegante sem ser comum. Não é o programa ideal para se assistir comendo morangos com a namorada, mas nesses tempos de férias prolongadas é a melhor opção. Pena que nos extras não fala nada de como Eastwood dirigiu e atuou como personagem principal ao mesmo tempo.

Desculpa pessoal, mas mais um 5 pipocas. Clint acertou de novo.
NOTA:

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